sexta-feira, 4 de março de 2016
PSICOPATIA
Psicopatia vem da etmologia grega PSICO- Do grego ψυχο- alma e como o sufixo PATIA- significa mórbido, padecimento, moléstia, ou aduzido como sufixo traz no seu bojo a ideia de doença.
Como se descreve no DSM-IV diferencia a Psicopatia da Personalidade Anti-social ou Sociopatia, eu particularmente prefiro fazer a distinção, mas no meio acadêmico muitos profissionais consideram correspondentes.
A Personalidade Anti-social ou Sociopata ,costuma ser, por alguns autores, referida sempre em relação ao comportamento, ou seja, em relação às violações das normas sociais, propensão para enganar, usar nomes falsos ou ludibriar os outros; impulsividade ou fracasso para fazer planos para o futuro; instabilidade e agressividade; desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia; irresponsabilidade consistente; ausência de remorso. Podem , também, ser identificados com líderes excêntricos de seitas, cultos e associações mais excêntricas ainda.
Quando o grau dessa insensibilidade se apresenta elevado, levando o indivíduo a uma acentuada indiferença afetiva, ele pode adotar um comportamento criminal recorrente e o quadro clínico de transtorno de personalidade assume o feitio de psicopatia.
O Psicopata não apresenta nenhum tipo de desordenação, desorientação ou desequilíbrio, ou seja, não manifestam nenhum tipo de sofrimento psicológico.Não sentem culpa , tem prazer no sofrimento alheio. São frios e imparciais. Podem contar como matam suas vítimas sem qualquer manifestação de remorço, medo ou preocupação.
É muito difícil distinguir um Psicopata em meio social, este é muito inteligente, sedutor, perspicaz , envolve sua vítima numa trama muito bem elaborada. Diz o que ela quer ouvir, se mostra amigo, gentil e muito confiante, arma uma verdadeira teia de aranha, e quando a vítima cai nesta trama ,muito raro consegue escapar. Mesmo para um experiente profissional, é difícil, as primeiras vistas, perceber a patologia.
Quanto ao tratamento , ainda não não existem comprovações tão efetivas que afirmem com precisão que eles podem, de fato, se recuperar após um tratamento psiquiátrico ou psicológico, mesmo porque , estes não buscam tratamento, pois não formam vínculos emocionais, afim de se beneficiar com a terapia.
Outra questão muito discutida é quanto classificar a Psicopatia como doença mental ou não.Quando cometem um crime serão levados para a cadeia comum, ou para o Hospital Psiquiátrico?
Portadores do Transtorno da Psicopatia, especialmente, nos desafios que o judiciário enfrenta, devido a falta de lei específica para os psicopatas. O tema vem gerando discussões entre a Psiquiatria e os Juristas, com relação ao psicopata ser ou não doente mental.Seria o psicopata imputável, semi-imputável ou inimputável? Por que não existe lei específica para os crimes cometidos apenas por psicopatas, dando providências dependendo do seu grau de periculosidade?
Como profissional avalio que o psicopata , mesmo com transtornos mentais, devem ter uma lei específica para os mesmos, pois eles sabem que cometem delitos, embora não se arrependam, o que o tornam ainda mais perigosos e ameaçadores, para conviver em sociedade e em ambiente comum, como Hospital Psiquiátrico .
Sandra Cristina Vieira
Psicóloga Clínica Cognitiva
SER, TEMPO E ESPAÇO
EM FUNÇÃO DE ALUMAS CONVERSAS EM TERAPIA COM PACIENTE E DEMAIS, ME VEIO A IDEIA DE ESCREVER SOBRE O TEMA O SER, BUSCO , ENTÃO, APOIO EM MONIQUE AUGRAS E HEIDEGGER. O QUE PRETENDO COMPREENDER É COMO ESTE SER SE ORGANIZA NO TEMPO E NO ESPAÇO , AMBOS RELATIVOS E AO MESMO TEMPO ABSOLUTOS EM SUA NATUREZA CONCRETA E PSÍQUICA , DESDE QUE ENTENDO A DINÂMICA DO ESPAÇO HUMANO A PARTIR DAS EXTENSÕES DO CORPO , E O SER É SEU CENTRO, QUE O INCLUI NO MUNDO.
JÁ O TEMPO É TODA INSEGURANÇA ONTOLÓGICA DO HOMEM, PORQUE O HOMEM CRIA O TEMPO , MAS NÃO O DETERMINA.
ASSIM, COMPREENDER O SER DENTRO DESTE TEMPO E ESPAÇO É UM DESAFIO COM TODA SUA CONTRADIÇÃO.
E AINDA TEM AQUELE SER QUE NÃO SE ASSUME DENTRO DE TODOS ESTES ASPECTOS, DIFÍCEIS, CONCORDO, PORÉM NECESSÁRIOS PARA UM PROCESSO TRANSFORMADOR. SEM CONFLITO NÃO HÁ CRESCIMENTO.
PARA UNS É MAIS FÁCIL VIVER A VIDA DO OUTRO NA ILUSÃO DE QUE AQUELA É MAIS FÁCIL E MAIS BELA E PERDEM A BELEZA DE SUA CONSTRUÇÃO. A SAÍDA QUE ESTE INDIVÍDUO ENCONTRA É A NEUROSE PATOLÓGICA, A FUGA DA REALIDADE, O MERGULHO NA ILUSÃO DE UM TEMPO INFINITO E DE UM ESPAÇO QUE SÓ ELE CONHECE E O DEFINE DENTRO DESTA MESMA NEUROSE.
Sandra Cristina Vieira
Psicóloga Clínica Cognitiva
quarta-feira, 2 de março de 2016
Pedofilia
Pedofilia
A palavra deriva do grego, “ped(o)”, “paidós” – que remete à ideia de criança – e “phílos” – que traduz o conceito de amigo, querido.
A pedofilia atualmente vem sido um assunto muito preocupante em toda sociedade, cada vez mais , vem aumentando em grandes proporções desde o século XX, atribuindo-se à facilidade de acesso aos meios de comunicação, dentre eles a utilização da internet como um dos principais veículos de propagação das condutas pedofílicas e de pornografia infantil.
A prática da pedofilia envolve várias classes sociais e profissionais, Observa-se mais o aliciamento de crianças e adolescentes no mesmo seio familiar do seu agressor, que geralmente são pessoas acima de qualquer suspeita.
Pedofilia trata-se de uma “perversão que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças; prática efetiva de atos sexuais com crianças”. Deve-se ressaltar que o termo perversão foi inicialmente trabalhado por Sigmund Freud a partir de 1896, a qual se atribuiu o sentido de desvio sexual em relação a uma norma.
A pedofilia é um conceito de doença que abarca uma variedade de abuso sexual de menores, desde homossexuais que procuram meninos na rua, até parentes que mantêm relações sexuais com menores dentro de seus lares.
Logo, a pedofilia consiste também, em um distúrbio de conduta sexual, considerado uma perversão sexual de caráter compulsivo e obsessivo, apresentado por adultos com uma atração sexual, exclusiva ou não, por crianças ou adolescentes.
Os elementos que designam necessários para que uma pessoa possa ser enquadrada no ato do agir pedofílico:
a) Comportamentos sexuais excitantes, recorrentes e intensos envolvendo atividade sexual com uma ou mais de uma criança pré-púbere (geralmente com 13 anos ou menos).
b) As fantasias, impulsos sexuais ou comportamentos sexuais excitantes causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
c) O indivíduo tem no mínimo 16 anos e é pelo menos 5 anos mais velho que a(s) criança(s) com o qual mantém relação. Aqui não cabe incluir um indivíduo no final da adolescência envolvido num relacionamento sexual contínuo com uma criança com 12 ou 13 anos de idade.
Dentro deste quadro de perversão pedofila temos aqueles que além de abusar do menor s sexualmete , também torturam e matam suas vítimas , neste quadro então, além da pervesão encontramos uma psicopatia, onde o agressor não lida com nenhuma culpa pelos seus atos abusivos e criminosos. Estes atraem sua vítima com muita perspicácia e inteligência, envolve-a numa trama que a mesma não percebe a maldade que está prestes a se submeter.
Os pedófilos sabem que a criança sofre, sente dor. Mas ele pensa apenas em satisfazer o seu desejo sexual . Para a pessoa que tem este transtorno sexual, é possível ter também desejo por pessoas da mesma idade, sexo oposto ou do mesmo sexo. Mas alguns sentem desejo apenas por crianças.
Segundo Freud, pedófilos foram na infância abusados, ou sofreram algum tipo de violência , contudo , estudos recentes apontam para casos que muitos não sofreram abuso algum. Afirmar que é uma doença comportamental é muito arriscado, visto que, recentes teorias sobre a etiologia da pedofilia, tais como o conceito de um distúrbio neurológico ou alterações de estrutura e função em áreas do cérebro frontal, temporal e límbicas, tendo como principal objetivo oferecer não apenas uma atualização de como a pedofilia pode ser explicada por alterações neurobiológicas e de desenvolvimento.
Sandra Cristina Vieira
Psicóloga Clínica Cognitiva
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