quarta-feira, 2 de março de 2016

Pedofilia


Pedofilia

A palavra deriva do grego, “ped(o)”, “paidós” – que remete à ideia de criança – e “phílos” – que traduz o conceito de amigo, querido.
A pedofilia atualmente vem sido um assunto muito preocupante em toda sociedade, cada vez mais , vem aumentando em grandes proporções desde o século XX, atribuindo-se  à facilidade de acesso aos meios de comunicação, dentre eles a utilização da internet como um dos principais veículos de propagação das condutas pedofílicas e de pornografia infantil.
A prática da pedofilia envolve várias classes sociais e profissionais,  Observa-se mais o aliciamento de crianças e adolescentes  no mesmo seio familiar do seu agressor, que geralmente são pessoas acima de qualquer suspeita.
 Pedofilia trata-se de uma “perversão que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças; prática efetiva de atos sexuais com crianças”. Deve-se ressaltar que o termo perversão foi inicialmente trabalhado por Sigmund Freud a partir de 1896, a qual se atribuiu o sentido de desvio sexual em relação a uma norma.
 A pedofilia é um conceito de doença que abarca uma variedade de abuso sexual de menores, desde homossexuais que procuram meninos na rua, até parentes que mantêm relações sexuais com menores dentro de seus lares.
Logo, a  pedofilia consiste também, em um distúrbio de conduta sexual, considerado uma perversão sexual de caráter compulsivo e obsessivo, apresentado por adultos com uma atração sexual, exclusiva ou não, por crianças ou adolescentes.
 Os elementos que designam  necessários para que uma pessoa possa ser enquadrada no ato do agir pedofílico:

a) Comportamentos sexuais excitantes, recorrentes e intensos envolvendo atividade sexual com uma ou mais de uma criança pré-púbere (geralmente com 13 anos ou menos).
b) As fantasias, impulsos sexuais ou comportamentos sexuais excitantes causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
c) O indivíduo tem no mínimo 16 anos e é pelo menos 5 anos mais velho que a(s) criança(s) com o qual mantém relação. Aqui não cabe incluir um indivíduo no final da adolescência envolvido num relacionamento sexual contínuo com uma criança com 12 ou 13 anos de idade.
Dentro deste quadro de perversão pedofila temos aqueles que além de abusar do menor s sexualmete , também torturam e matam  suas  vítimas  , neste quadro então, além da pervesão encontramos uma psicopatia, onde o agressor não lida com nenhuma culpa pelos seus atos abusivos e criminosos. Estes atraem sua vítima com muita perspicácia e inteligência, envolve-a numa trama que a mesma não percebe a maldade que está prestes a se submeter.
Os pedófilos sabem que a criança sofre, sente dor. Mas ele pensa apenas em satisfazer o seu desejo sexual . Para a pessoa que tem este transtorno sexual, é possível ter também desejo por pessoas da mesma idade, sexo oposto ou do mesmo sexo. Mas alguns sentem desejo apenas por crianças.
Segundo Freud, pedófilos foram na infância abusados, ou sofreram algum tipo de violência , contudo , estudos recentes apontam para casos que muitos não sofreram abuso algum. Afirmar que é uma doença comportamental é muito arriscado, visto que,   recentes teorias sobre a etiologia da pedofilia, tais como o conceito de um distúrbio neurológico ou alterações de estrutura e função em áreas do cérebro frontal, temporal e límbicas, tendo como principal objetivo oferecer não apenas uma atualização de como a pedofilia pode ser explicada por alterações neurobiológicas e de desenvolvimento.

 Sandra Cristina Vieira
Psicóloga Clínica Cognitiva

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